quarta-feira, 13 de abril de 2016

Vereadores defendem próprio aumento acima da inflação. Nem todos são favoráveis.

Enquanto o funcionalismo público municipal se reúne com o executivo, sem uma proposta de reajuste, os vereadores começam a discutir o seu próprio aumento. Por enquanto não há nada de concreto, mas de acordo com o noticiado na imprensa este aumento ficaria em torno de 30%, para se chegar à metade do salário de um deputado estadual, ou seja, R$ 13.027,23. Nem todos os vereadores seriam a favor.*

Sobre este assunto, precisamos fazer algumas considerações:

É ilegal? Não é. Os vereadores tem o direito de propor e votar seu aumento, desde que as finanças da Casa Legislativa o garantam.

É moral? Tampouco. Num cenário em que o funcionalismo acumula perdas salariais de mais de 19% e estão ameaçados de novamente não receber o dissídio integral, tal qual ano passado, este aumento é injustificável. Os vereadores já recebem altos salários e outros auxílios que cobrem todos os seus gastos no exercício do seu dever. Qual trabalhador recebe o que um vereador recebe? Praticamente nenhum.

Além do mais, a vereança não pode ser considerada uma categoria profissional (não deveria pelo menos) e estar sujeita as mesmas discussões “trabalhistas” destas, pois estão cumprindo um cargo eletivo, com tempo determinado, votados pelo povo e com compromisso para com estes. A política não deveria ser “ganha-pão” de ninguém.


Em tempos de profunda crise política, está na hora de discutir a série de benesses que os mandatário de cargos eletivos recebem no país, em todas as esferas e poderes. Vamos começar pela nossa casa!

* Hoje, 14 de abril, foi noticiado que praticamente todos os vereadores são contrários a este exorbitante aumento. Graças à pressão popular recuaram.

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