Enquanto o funcionalismo público municipal se reúne com o
executivo, sem uma proposta de reajuste, os vereadores começam a discutir o seu
próprio aumento. Por enquanto não há nada de concreto, mas de acordo com o
noticiado na imprensa este aumento ficaria em torno de 30%, para se chegar à
metade do salário de um deputado estadual, ou seja, R$ 13.027,23. Nem todos os vereadores seriam a favor.*
Sobre este assunto, precisamos fazer algumas considerações:
É ilegal? Não é. Os vereadores tem o direito de propor e
votar seu aumento, desde que as finanças da Casa Legislativa o garantam.
É moral? Tampouco. Num cenário em que o funcionalismo acumula
perdas salariais de mais de 19% e estão ameaçados de novamente não receber o
dissídio integral, tal qual ano passado, este aumento é injustificável. Os
vereadores já recebem altos salários e outros auxílios que cobrem todos os seus
gastos no exercício do seu dever. Qual trabalhador recebe o que um vereador
recebe? Praticamente nenhum.
Além do mais, a vereança não pode ser considerada uma
categoria profissional (não deveria pelo menos) e estar sujeita as mesmas
discussões “trabalhistas” destas, pois estão cumprindo um cargo eletivo, com tempo determinado, votados
pelo povo e com compromisso para com estes. A política não deveria ser “ganha-pão”
de ninguém.
Em tempos de profunda crise política, está na hora de
discutir a série de benesses que os mandatário de cargos eletivos recebem no
país, em todas as esferas e poderes. Vamos começar pela nossa casa!
* Hoje, 14 de abril, foi noticiado que praticamente todos os vereadores são contrários a este exorbitante aumento. Graças à pressão popular recuaram.
* Hoje, 14 de abril, foi noticiado que praticamente todos os vereadores são contrários a este exorbitante aumento. Graças à pressão popular recuaram.
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