terça-feira, 30 de junho de 2015

Dados de 2013 são publicados pela Prefeitura como atuais


Recursos para publicidade somam 190 mil reais somente este ano

Novo Hamburgo está entre as cinco cidades que mais bem administram o dinheiro público. A boa nova foi anunciada no principal veículo da cidade em página inteira, uma dessas que custam R$20 mil, além de meia página no maior jornal da capital, pagos com dinheiro público lógico.  Destacada sobre um fundo verde – COLORIDO SEMPRE É MAIS CARO – a publicação paga pela prefeitura demonstra como o prefeito cumpre minimamente sua obrigação de gerir os recursos públicos do município.


Anúncios veiculados nos jornais NH e Zero Hora no dia 29/06


Como uma verdadeira afronta as denúncias diárias de más condições nas instalações escolares, sem contar outros serviços básicos que estão de dar vergonha a qualquer gestor,  a publicidade soou como um deboche. Pois, a ironia deste fato é que, mesmo com as condições precárias, que levaram o prefeito a dispensar compromissos públicos, a Prefeitura de Novo Hamburgo divulgou ontem (29), em resposta a solicitação do legislativo, o gasto de quase 190 MIL REAIS em propagandas de rádios, jornais e carros de som.


Documentos enviados à Câmara de Vereadores
O conteúdo da peça publicitária que circulou ontem foi fortemente questionado nas redes sociais, afinal, o texto ao lado da imagem do menino sorridente ressalta que “Novo Hamburgo está entre as cinco cidades gaúchas que melhor administram o dinheiro público”. A informação é creditada ao Índice Firjan de Gestão Fiscal, que procurado pelo SindProfNH, emitiu uma nota ressaltando que este levantamento tem como base dados oficiais de 2013.


E-mail do Sistema Firjan em resposta ao questionamento do SindProfNH


Enquanto os veículos que controlam as informações que o cidadão recebe sobre os gastos públicos ganham milhares de reais para noticiar somente o que é de interesse, a escola Salgado Filho, no bairro Canudos, continua utilizando como porta do banheiro feminino uma simpática cortina de tecido. Ou ainda, a EMEI Pica Pau Amarelo, no mesmo bairro, tem o único portão de acesso ao prédio ameaçado por um poste de energia elétrica que pode cair a qualquer momento.

Recursos para resolver essas questões parecem não haver no caixa, mas para os grupos de comunicação sempre haverá mais um pouco (Leia-se MUITO) dinheiro. 

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Pós-greve: A grande lição deixada pelos professores

A maior greve do funcionalismo de Novo Hamburgo teve início, e forte sustentação, pelos professores. A classe extrapolou os limites da sala de aula para ensinar uma lição de cidadania, luta por justiça social, solidariedade frente às denúncias apresentadas e, principalmente, democracia participativa. O movimento desmoralizou lideranças, que tiveram que “dar um passo para o lado”, e render-se a verdade que há muito era presa atrás dos muros das escolas.

A queda de um Secretário de Educação que liderava através do assédio, a fiscalização constante do trabalho dos vereadores, a publicação de denúncias e levantamento da realidade do ambiente escolar foram algumas das conquistas que não se restringem somente à categoria dos educadores e, sim, alcançam toda sociedade e seus interesses.

Combinando com o texto do escritor hamburguense Henrique Schneider, a paixão que move os educadores, muitas vezes é o aprender. E, Justo para isso, é que se busca garantir o direito já constituído de Educação de qualidade e condições dignas. A lição prática de todo este discurso é de que o aprendizado se faz indo mais além, seja decifrando as palavras ou combatendo o desperdício do dinheiro público.


A escolha da profissão certamente passa pela paixão de ensinar e aprender com cada aluno, como diz Schneider, o que não significa que vocação, missão e sacerdócio anulem do trabalhador em educação seus direitos trabalhistas, que devem ser garantidos e respeitados. Isso passa, sim, por uma remuneração digna e adequada ao nível de formação do profissional. 


terça-feira, 23 de junho de 2015

Carta aberta de uma professora sobre a emenda provada pelos vereadores que promove a exclusão de minorias

Ache o problema na redação da Meta Municipal 8 da propostapara o Plano Municipal de Educação de Novo Hamburgo, RS, Brasil


“Manter e ampliar programas de educação de jovens e adultos para todos os segmentos populacionais que estejam fora da escola e com defasagem idade-série, associando esses programas às estratégias sociais que possam garantir a continuidade da escolarização, com acesso gratuito ao ensino fundamental integrado à educação profissional, ao ensino médio e médio integrado à educação profissional para os jovens, adultos e idosos, respeitando a orientação sexual, a identidade de gênero e os direitos humanos”.


Encontrou?


Na sessão da Câmara de Vereadores do dia 22 de junho de 2015 várias pessoas encontraram.


O problema detectado refere-se às palavras orientação sexual e identidade de gênero. Sim, nosso município não poderia fugir à moda de vários outros que estão colocando em xeque as propostas pedagógicas dos planos municipais que possuem a intencionalidade de dialogar sobre os temas nos espaços escolares.


O que foi apresentado à população durante essa sessão teve muitos argumentos: Pra quê incentivar os meninos a brincar de bonecas? As escolas podem respeitar as diferenças, mas não precisam tocar no assunto!  A escola está querendo intervir no papel da família, é a família que é responsável por ensinar o filho o que ele pode brincar ou gostarA escola não pode incitar essas questões, não pode doutrinar sobre o assunto.


Pois bem, para nós, professores, incentivar os meninos a brincar de bonecas é sobretudo ensiná-los a ser bons paisquando se tornarem um, é saber refletir sobre as formas de tratamento às mulheres, que há muito sofrem agressões daqueles que nunca representaram sua família durante uma brincadeira de boneca.


Para nós, professores, respeitar as diferenças sem falar no assunto é de uma contradição grotesca, inconcebível de ser minimamente respeitada. Isso foge à questão de opiniões diversas e entra no campo do preconceito. Por quê? Faço um relato de uma cena protagonizada em uma das turmas que lecionei, composta por crianças de 8 anos de idade.


Durante um teatro de bonecos, onde contávamos e representávamos histórias das nossas famílias afim de construir as linhas do tempo de nossas vidas, alunos e euconversávamos sobre as diferenças familiares. Até que um colega falou para o outro: O teu pai é puto!


Nesse momento eu teria duas alternativas: ignoro a fala e penso que a família é responsável por falar sobre isso com ele, ou, aproveito o comentário como uma oportunidade de trabalhar o respeito às diferenças, presente desde 1988 na Constituição Federal, e em outros documentos como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e Estatuto da Criança e do Adolescente no que se referem a proteção dos direitos sociais fundamentais coletivos e individuais.


Sabendo do compromisso que minha profissão tem com a sociedade, a opção escolhida foi a segunda.


O que tu queres dizer quanto tu falas essa palavra querido?    

Sem perceber o quanto o seu modo de falar magoou o colega e soou agressivo, continuou:

Sora, o pai dele é muito puto, se veste de mulher e tem uma vozinha fina, veado mesmo! Deus que me perdoe, meu pai me disse pra nunca falar com nenhum putão. Essas bixas que gostam de fazer besteira! 


Bom, nesse momento tivemos uma longa conversa que acabou sendo guiada pelo criacionismo e o evolucionismo,onde ficou muito claro que para muitos alunos a relação entreHomem e Mulher é o certo, pelo exemplo de Adão e Eva.


Acabamos pesquisando tanto a teoria criacionista quanto a evolucionista, e acabamos perguntando sobre os casais daArca de Noé, sempre apresentados como casal de macho e fêmea. Tal foi a surpresa quando leram que uma grande quantidade de animais do mesmo sexo também podem formar um casal no reino animal.


Em nenhum momento eu tive a intenção de incentivar o homossexualismo, mas tive uma intenção muito clara: trabalhar as questões de gênero a partir de conteúdos e preconceitos a partir respeito às diferenças.


Se eu concordar com o que foi dito na sessão da Câmara, que é somente a família a responsável por ensinar o filho o que ele pode brincar ou gostar, eu estaria excluindo o aluno que tem um pai homossexual, deixando brotar dentro de si ódio tanto pelo colega quanto pelo pai, que foi exposto comodiferente.


O papel da escola não é incitar o ódio, e, seu eu me omitisse a falar sobre este assunto, naquele momento seria exatamente isso que eu estaria fazendo.

Isso é doutrinar a favor do homossexualismo?


Se essa for a tônica do debate, os professores de história podem incitar comunismo ou socialismo ao estudar as formas de governo. Se essa for a tônica da discussão, deixemos que as agressões entre os alunos aconteçam na nossa frente sem intervir, pois de acordo com o que ouvi ontem, é a família que educa e a escola ensina conteúdos.


O educar e o ensinar permeiam os dois espaços, família e escola, a dificuldade se dá quando o respeito, a tolerância e o comprometimento não existem em uma ou nas duasinstâncias.


Ou se ensina com discussões, debates e perguntas ou assinamos o descompromisso com a maiêutica e a pesquisa nas escolas. 


Os quatro pilares para a educação seguidas por vários países com intermédio da UNESCO, prevê que na escola se promova o aprender a conheceraprender a fazeraprender a viver juntos e aprender a ser


Se continuarmos a presenciar discussões torpes como as presenciadas no dia 22 de junho de 2015, teremos que mudar os pilares para: aprender a conhecer o que algumas pessoas selecionarem que pode ser aprendidoaprender a viver juntos desde que eu não veja o que o outro tem de diferente de mimaprender a ser aquilo que a minha família quiser sem que eu possa escolher ou modificar o meu pensamento a partir do convívio com os outros.


Qualquer semelhança com a idade média não é mera coincidência. 

Senhores legisladores, cuidado com a sociedade que vocês estão incitando que se constitua. Por que de nada serve ter pessoas eleitas para aprovar ou não projetos, se essas pessoas não se sentem responsáveis por estudar os assuntos e promover discussões sobre temas como esse.


De nada adianta ouvir vereadores dizendo que aprovaram uma emeda para agradar gregos e troianos. Afinal, ou eu acredito na importância da discussão das questões de gênero por acreditar em uma sociedade democrática ou eu não acredito nisso. Não existe meio termo para ser contra ou à favor do respeito.


Professora Francine Pavan

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Em reunião no SindProfNH diretoras fazem balanço da Greve


Em reunião no SindProfNH diretoras fazem balanço da Greve
 
Encontro fortaleceu a importância da autonomia nas comunidades escolares

 

 O encontro ocorrido no dia 17 de junho proporcionou a discussão das dúvidas que o grupo vem apresentando quanto a montagem do calendário escolar para reposição dos dias letivos.

As equipes diretivas relataram as orientações passadas nas reuniões realizadas pela SMED e perceberam que as informações eram contraditórias. De acordo com a presidente, Andreza Formento, isso também foi constatado nos atendimentos individuais realizados pelo SindProfNH. “Seguimos nos baseando na ata da primeira Mesa de Negociações do Pós-Greve, no dia 05, em que a negociação trata dos dias letivos da greve, sendo a compensação de horas atrelada a esses dias.”

Desde que a nova titular da Secretária de Educação (SMED), Cristiane Sousa assumiu a pasta, os diretores passaram a se reunir separadamente por regiões, utilizando-se da máxima romana " dividir para conquistar".

O advogado do sindicato, Daniel Von Hohendorff, instruiu as equipes diretivas a realizar as assembleias com a comunidade escolar para montagem do calendário. “É importante lembrarmos que mas phá uma negociação com o executivo e todas as informações contraditórias devem ser encaminhadas para o sindicato. A ata da reunião da mesa de negociação é um documento que deve nortear as discussões nas escolas", salienta.

Os calendários aprovados em assembleia nas escolas serão apresentados e devem ser respeitados pela SMED, pois representam a realidade das comunidades de acordo com suas necessidades. Andreza Formento lembrou que as diretrizes não são normas e que a assembleia escolar é soberana.

“Devemos entender que as escolas têm autonomia para decidirem o que é melhor para o seu grupo de professores e também para as necessidades dos alunos”, afirma.

 

Fortalecendo ações com Coletivo de Diretores                                                    

Na ocasião o grupo formou o Coletivo de Diretores para estudos e discussões de pautas da educação no município e também das demandas escolares. Além de proporcionar subsídios, o sindicato vai oferecer embasamento para a reflexão dos assuntos propostos pelos próprios diretores. “Esse é um espaço para que nossos colegas eleitos possam exercitar a democracia e a autonomia, fortalecendo o seu grupo escolar e fortalecendo-se enquanto grupo de gestores. É importante dizer que os encontros serão abertos a todas e todos os diretores. A próxima reunião ocorrerá no sindicato, dia 16 de julho, a partir das 18 horas", finaliza a presidente do SindProfNH.

Atas da Reunião do dia 05 de junho.








quarta-feira, 17 de junho de 2015

Projeto social ou conserto de goteiras?

Repasse de verba às escolas não contempla necessidades básicas

Foto: Dinheiro Esperto

Aprovadas nesta segunda-feira (15), as emendas parlamentares totalizando R$ 345 mil em repasses do Orçamento do Município para entidades hamburguenses estão sendo fortemente questionadas. As doações, divididas em R$ 25 mil para cada vereador, beneficiaram apenas doze escolas da Rede Municipal. Este dinheiro seria destinado a projetos apresentados pelas equipes diretivas, deixando de lado necessidades urgentes dos espaços escolares.

“Não tem folha de ofício”, “Não tem bola na Educação Física”, “Não tem porta nem papel higiênico no banheiro” – estas e outras queixas são recorrentes, vindas de professores, pais e estudantes hamburguenses. Isso acontece em muitas escolas, inclusive, na EMEF Sen. Salgado Filho que teve um repasse de 5 mil, de Vilmar Heming. Relembrando, a escola Salgado Filho ainda não teve a prestação de contas do ano passado aprovada, já que, após não conseguir comprovar a finalidade do uso de 16 mil reais, em março de 2014, a diretora foi exonerada de seu cargo.

Como Novo Hamburgo conta com 84 escolas na Rede Municipal, de acordo com o PME, a falta de informações para apresentação de projetos fez com que muitas ficassem de fora, dando a impressão de que só algumas foram alertadas sobre o benefício. Além do mais, este dinheiro é destinado à execução de projetos específicos, não priorizando as reais carências dos espaços escolares, como material de higiene e didático, artigos esportivos, consertos e muitos outros problemas levantados, inclusive durante a greve dos professores, onde a verdade sobre a realidade dentro dos muros das escolas foi exposta a comunidade.

Por outro lado, o SindProfNH questionou dois parlamentares, de base e de oposição, sobre o uso do dinheiro doado a cada instituição. Os vereadores não souberam dizer de que se tratava o projeto de cada escola, nem mesmo as que foram beneficiadas pelas suas cotas.   As escolas beneficiadas são as EMEI´s Pica Pau Amarelo e Peter Pan, e as EMEF´s Irmão Nilo, Darcy B. de Castilhos, Caldas Júnior, Guilherme Gaelzer, José de Anchieta, Monteiro Lobato, Padre réus, Afonso Penna, São Jacó e Sen. Salgado Filho.

Qual projeto seria melhor que devolver a dignidade ao ambiente escolar? 


terça-feira, 16 de junho de 2015

Ei, professor! Se liga no ensino das religiões nas escolas

No Brasil, a escola pública é laica desde a década de 20 do século passado, mas a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996, os estados ganharam autonomia para incluir novas disciplinas nos currículos. Por esse caminho, o ensino religioso voltou a ser ministrado em escolas públicas. A discussão atual se trata de substituir o ensino religioso pelo ensino das religiões nas escolas. “O Brasil é um Estado laico, conforme reza a Constituição e, portanto, os entes públicos não têm o direito de privilegiar esta ou aquela religião. Mas é inconcebível que as religiões praticadas em nosso país não sejam objeto de estudo em todas as nossas escolas”, destaca o teólogo Frei Betto, que defende o ensino da diversidade. “Os alunos precisam ter conhecimento do que é catolicismo, protestantismo, espiritismo, judaísmo, islamismo, candomblé, macumba, santo daime entre outros”, defende.

Foto: Agência Brasil

Esta reflexão vale para qualquer disciplina: ao ensinar história, quem é o vilão, o bandeirante ou o índio caçado para ser escravo? O colonizador ou o colonizado? Frei Betto ainda chama a atenção para a importância desta questão: “A religiosidade, como a sexualidade, é inerente ao ser humano. Quem não a cultiva na direção correta corre o risco de direcioná-la para a idolatria - da beleza, do poder, da fama, da riqueza”, alerta.


Aos educadores, que vivenciam o cotidiano das escolas, este é um bom momento para a reflexão. Uma vez que estes agentes e seus exemplos interferem de forma inerente em suas falas. Assim, não existe educação neutra. Toda a educação é inevitavelmente impositiva. O desafio pedagógico é fazer isso de modo a permitir ao estudante tornar-se protagonista do processo, com ferramentas suficientes para fazer escolhas. 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

A pedra no meio do caminho...



O homem por de trás do atraso das negociações do pós-greve em Novo Hamburgo 


Há 12 dias chegou ao fim a Greve dos professores e servidores municipais de Novo Hamburgo.
O movimento que entrou para história do município como a maior Greve já realizada em solo hamburguense que, coincidência  ou não, aconteceu durante o governo do Partido dos Trabalhadores, conseguiu surpreender em número de adesões - 94% dos professores - e na resistência do movimento que durante 30 dias denunciou os abusos da gestão municipal mais autoritária que já governou Novo Hamburgo.

A união entre professores e servidores do quadro geral, que também estiveram nas ruas durante o mês de maio, pressionou o executivo ao ponto de em duas secretarias ocorrerem mudanças. 

Primeiro na pasta da educação, a semi-queda de Alberto Carabajal, hoje na Secretaria de Habitação e a exoneração de Mozart Dietrich da COMUSA, são pequenas mostras da força do movimento.

As tentativas fracassadas do executivo em tentar parar a greve levaram o caso ao Tribunal de Justiça do Estado. Em juízo os ex-sindicalistas foram obrigados a negociar com  os trabalhadores. É aí que começam os tropeços.

Ata da Mesa de Negociações realizada em 12 de junho de 2015
Com 60 dias para entrar em acordo com as categorias, o executivo mostra que o que se diz na mesa de negociações não se escreve. E a ata pode provar.

Apesar de na sexta-feira (05) os SindProfNH ter acordado a recuperação de dias letivos para recuperação das horas da greve, a orientação que sai do RH é completamente diferente. 

O responsável por isso? Anésio Ronei Bohn, Diretor da Secretaria de Recursos Humanos. Sem ao menos aguardar pelo fim das negociações, Anésio não explica nada, mas confunde muito bem. Diretores são orientados a riscar o ponto e escrever ausência ao lado dos nomes dos grevistas.

Em uma reunião com as equipes diretivas, na semana passada, o projeto de ditador falou que a greve do SindProfNH é ilegal.

Leu a ata do Tribunal de Justiça e como não dava para entender o "juridiquez" inventou que o Sindicato não entregou documento de greve. Além disso, mandou fazer planilhas de recuperação de horas e ameaçou as diretoras.

Na mesa de negociações ficou acordada a recuperação dos dias letivos. Portanto, as equipes diretivas devem se ater apenas à montagem do calendário escolar junto à comunidade, pois as horas da greve estão atreladas aos dias letivos. Conselhos de classe, por exemplo serão realizados em dias letivos, porém em horário posterior ao de atendimento em sala de aula. Essas horas servem para compensação.

É importante esclarecer que nenhuma equipe diretiva deve criar planilhas para acompanhar o pagamento de hora por hora dos professores, pois isso fere o acordo entre o executivo e o sindicato realizado no Tribunal de Justiça de que não haveriam retaliações ou qualquer tipo de diferenciações entre grevistas e não grevistas.

Ainda estamos negociando e precisamos contar com apoio e tranquilidade das escolas para formulação dos calendários. Qualquer orientação vinda das secretarias devem ser questionadas junto ao SindProfNH, que é o representante da categoria e que tem o dever de negociar e preservar os direitos dos trabalhadores.

Estamos lidando com profissionais na arte de confundir, por isso, precisamos estar unidos e falando a mesma linguagem. Não há por que ficarmos ansiosos, visto que nosso movimento já avançou tanto.

Sobre a pedra no meio do caminho, bem... As pedras não falam.





quinta-feira, 11 de junho de 2015

Professores discutem o novo Plano Municipal de Educação


Novo documento trata de hora atividade e reestruturação do plano de carreira

O Plano Municipal de Educação (PME) esteve em discussão na noite de hoje (11),durante audiência pública realizada na Câmara de Vereadores de novo Hamburgo. 

O documento, que vem sendo construído há cerca de sessenta dias, abrange a Educação Básica e Superior da cidade, levando em conta o diagnóstico da situação atual, de recursos e prioridades da rede de ensino. 

A proposta de vinte metas e estratégias para os próximos dez anos foi lida na íntegra no plenário para em seguida ser amplamente debatida entre a Comissão Municipal de Educação e profissionais de educação que encheram a plateia.

Entre as principais divergências, as questões relativas as horas atividade, implementação de políticas públicas contra a evasão escolar no Ensino Médio e a manutenção do programa de educação integral.

Sobre Hora Atividade representantes do SindProfNH sugeriram mudança no texto, especificando que a obrigatoriedade passa a valer a partir da aprovação da redação final. De acordo com a Conferência Nacional de Educação (Conae), a hora atividade deve chegar a 50%. O PME determina que os professores de Novo Hamburgo alcancem esse percentual em até 10 anos.

Outro ponto importante é que o documento prevê uma comissão  para reestruturar o plano de carreira de modo a reconhecer e valorizar a formação.

A redação também foi questionada, sendo fortemente comparada com o documento nacional, por forte semelhança no texto, o que deixou dúvidas sobre as condições do município. Algumas adequações serão feitas, e assim que o texto estiver pronto será digitalizado para apreciação coletiva.

Para que o Plano Municipal de Educação entre em vigor, ele precisa ser aprovado na câmara de vereadores. O prazo dos parlamentares para apreciar e votar o texto final é 24 de junho. 

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Reunião do Conselho Político

 

Na noite de ontem terça-feira (9),  aconteceu a reunião do Conselho Político dos Professores Municipais

Entre as pautas abordadas estavam a reposição dos dias letivos que, de acordo com o que foi firmado na mesa de negociações, será programado de forma autônoma pelas escolas em assembleias com a comunidade. 

"A autonomia nos espaços escolares é um dos itens da pauta da Campanha Salarial. A reposição dos dias letivos de forma autônoma garante a democracia no ensino ", disse a Presidente do SindProfNH, Andreza Formento. 

A reunião serviu para esclarecer à categoria as discussões realizadas na mesa de negociações que aconteceu na última sexta-feira (5), onde o executivo e a comissão de greve se reuniram para entrar em um acordo sobre os dias de greve.

É importante lembrar que a greve não pode ser utilizada como forma de castigo para os professores que estiveram no movimento. Que respeitado o direito de livre manifestação, todas e todos que estiveram na luta pela educação pública de qualidade estiveram nas ruas por seus alunos, pelas comunidades escolares e por aqueles que decidiram ficar nas escolas por medo ou comodidade, comentou Andreza.

As negociações com os servidores não terminaram, dessa forma, quando tivermos um documento oficial do executivo sobre o acordado, faremos uma assembleia para discutir com a categoria.

"É importante que nesse momento as equipes diretivas discutam com suas comunidades o calendário escolar. Questões menores ou muito pontuais serão avaliadas em assembleia", disse a Presidente.

Na sexta-feira (12) acontece a terceira rodada da mesa de negociações do pós-greve em que o SindProfNH estará presente para garantir que não haja nenhum prejuízo aos trabalhadores que aderiram ao movimento grevista. "Portanto é preciso que as dúvidas ou denúncias sejam trazidas para o Sindicato", concluiu Formento. 

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Vereadores aprovam reajuste dos próprios salários

 

Após votação, base do governo abandonou a sessão.

Na noite desta segunda-feira (08), aconteceu a primeira votação do projeto de lei que prevê o reajuste dos salários dos vereadores de Novo Hamburgo.

Cerca de 50 professores participaram da
sessão que foi marcada pelo despreparo do Presidente da Câmara, Enfermeiro Vilmar e do segundo secretário, Antônio Lucas. Aprovado em primeira votação, por oito votos a cinco, os vencimentos dos parlamentares vai ultrapassar R$10 mil reais por mês.

Após a aprovação do projeto, Antônio Lucas defendeu seu voto favorável ao próprio aumento. "Todos os servidores receberam aumento e é justo que os vereadores recebam". 

Ao ser vaiado pelos servidores em educação o vereador ironizou a manifestação dizendo que os professores não teriam capacidade para ocupar o seu cargo. A reação imediata dos professores fez com que o Presidente da Câmara suspendesse a sessão plenária.

Esta não é a primeira vez que o Enfermeiro Vilmar usa de seu poder como Presidente para interromper sessões ao ser contrariado. Durante a greve do funcionalismo, diversas vezes, o chefe da câmara suspendeu votações ao ser pressionado pelo público presente quando atacava o funcionalismo ou defendia ações arbitrárias do executivo. 

Antes mesmo do final da sessão, e após votarem seu aumento, a maioria dos vereadores da base do governo se ausentou e não retornou ao plenário.

Permaneceram na Câmara a Vereadora Patrícia Beck, Issur Koch, Sérgio Hanich,Raul Cassel e Ênio Brizola, além do Presidente da Câmara, Enfermeiro Vilmar.

A sessão continuou sem nenhuma votação importante e apenas com o espaço de lideranças.

Na quarta-feira deve ocorrer a segunda e última votação do projeto que pagará aos vereadores cerca de oito vezes mais que o salário de um professor em início de carreira em Novo Hamburgo.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Assista o SindProfNH em Legítima Defesa

Acompanhe o programa Legítima Defesa com a presidente do Sindicato dos Professores de Novo Hamburgo, Andreza Formento, no site do Jornal NH

SindProfNH garante autonomia das escolas na Mesa de Negociação


Diretoria espera avançar nas outras pautas da categoria


Em reunião no Centro Administrativo Leopoldo Petry, integrantes da comissão do pós-greve discutiram as propostas sobre a reposição dos dias letivos. Na negociação foi definido que as escolas terão autonomia para decidir sobre seus calendários de acordo com os interesses de sua comunidade escolar.

Segundo a presidente do Sindicato dos Professores de Novo Hamburgo, Andreza Formento, neste momento se aguarda o documento oficial da Secretaria de Educação com as diretrizes acordadas na reunião de hoje. “Esperamos que a partir de agora possamos discutir as outras demandas que ainda não foram tratadas com o Executivo. Além disso, desde já, nos colocamos a disposição das escolas que precisarem de auxílio na construção dos calendários”, afirma.

A Smed enviará um e-mail com as informações para que as equipes diretivas possam dar segmento nas combinações com as APEMENS, de acordo com as suas demandas.  “Não haverá prejuízo aos estudantes, pois vamos priorizar uma reposição de dias letivos com qualidade no ensino”, destaca.


O SindProfNH estará observando as ações do pós-greve garantindo que não haverá retaliações ou perseguições contra nenhum professor. 

SindProfNH no programa Legítima Defesa da WebTv Jornal NH



Andreza Formento defende as principais pautas requeridas pelos professores hoje, a partir das 20h30 


Nesta sexta-feira (5), a convidada do programa Legítima Defesa, do Jornal NH é a presidente do Sindprofnh, Andreza Formento. A entrevista vai ao ar a partir das 20h30 pelo link da webTv. Entre os temas abordados estão a posse da nova titular da Secretaria de Educação, Cristiane Souza Costa, os assédios cometidos pelo ex-secretario Beto Carabajal e a verdadeira pauta dos professores durante o período de greve, que até então, foi ignorada pela Prefeitura, que trata da precarização dos espaços escolares e a falta de profissionais de educação

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Sou Professor Com Muito Orgulho, Com Muito Amor

Chegaram as novas camisetas do SindProfNH na cor preta. “Sou Professor Com Muito Orgulho, Com Muito Amor” é a frase que estampa as peças nos tamanhos P, M, G e GG, que já estão à venda na sede da Rua Gomes Portinho,17, sala 605. O custo de R$ 20,00, desta vez não será custeado pelo sindicato, uma vez que muito foi gasto em função das ações da greve, que incluíram as referenciadas camisetas bordô entre outros apoios. Garanta a sua!

terça-feira, 2 de junho de 2015

Reunião com Secretária de Educação esclarece mal entendido

 
Primeira reunião entre o SindProfNH e a nova Secretária de Educação




E-mail enviado na segunda-feira será retificado na manhã desta quarta

Na tarde de hoje (02), a Presidente do SindProfNH, Andreza Formento se reuniu com a nova Secretária de Educação, Cristiane Souza Costa para buscar esclarecimentos sobre o e-mail enviado na última segunda-feira (01), onde a Secretaria de Educação determina que apenas os professores grevistas estejam em atendimento nas escolas na sexta-feira dia cinco de junho.

E-mail considerado retaliação da SMED pela Categoria
Durante a conversa, a Presidente do Sindicato questionou a ordem de serviço, assinada pela professora Claudia de Oliveira, que solicitava o envio dos nomes dos professores que estariam trabalhando na sexta-feira. A atitude que foi vista pela categoria como uma retaliação aos professores que aderiram ao movimento foi explicada pela nova Secretária, “Na verdade não há motivo para desconforto. Apenas solicitamos os nomes para questões de reposição de carga horária. Salientamos que a SMED está aberta ao diálogo e que a reposição dos dias letivos será discutida na mesa de negociação”.



A titular da pasta da educação também garantiu a autonomia das escolas por entender as particularidades de cada um dos espaços escolares. Para a Presidente do Sindicato a transparência e o diálogo são pontos imprescindíveis para que as pautas dos professores possam avançar com maior tranquilidade. 

“A nova secretária se mostrou disposta a dialogar com a categoria e, por isso, a SMED se comprometeu a encaminhar um e-mail esclarecendo o mal entendido. É de interesse total dos professores fazer a reposição dos dias letivos e que a as escolas tenham total autonomia na construção do calendário escolar, para isso o processo democrático tem de ser assegurado, o que o comando de greve fará durante a mesa de negociações”, disse Andreza.

Os professores que estarão em sala de aula na sexta-feira contarão com escolas funcionando plenamente. Mais cedo a Companhia Municipal de Urbanismo (Comur), enviou e-mail à SMED informando que irá garantir o funcionamento dos espaços escolares.
O e-mail com os esclarecimentos da SMED deve ser enviado na manhã de quarta-feira 03 de junho.

Ofício que marca a data da Mesa de Negociações
Sobre a mesa de negociações o executivo acertou uma data para a abertura das discussões acordadas na audiência de conciliação que aconteceu na segunda-feira no Tribunal de Justiça do Estado.

A rodada de discussões com o executivo acontecerá na sexta-feira 05 de junho às 16h no auditório da SMED no quarto andar do Centro Administrativo Leopoldo Petry.


“Asseguramos aos professores que vamos pautar a mesa garantindo a autonomia das escolas para que a reposição dos dias letivos seja realizada avaliando as particularidades de cada EMEF e EMEI. Estamos em um novo momento, a greve uniu a categoria de forma sólida e com a força do movimento chegaremos diante do executivo em condição de igualdade para definirmos conjuntamente os rumos do magistério hamburguense”, concluiu Formento. 

SindProfNH busca tratativas pós greve

Além de solicitar reunião com prefeito, sindicato pede apoio dos vereadores contra ações de assédio

Na tarde desta terça-feira (2), o SindProfNH encaminhou um ofício ao prefeito Luis Lauermann solicitando uma reunião, em caráter de urgência, para tratar do pós greve. “Reiteramos a necessidade de assegurar autonomia das escolas na construção dos novos calendários, bem como, buscamos evitar ações de assédio contra os trabalhadores da Educação”, destaca Andreza Formento.

Dentro desta mesma proposta, um outro ofício foi encaminhado à Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores pedindo intervenção junto a Administração Municipal. No documento foram anexadas diversas imagens de mensagens de assédio cometidas pelo ex-secretário Adelmar Alberto Carabajal, enquanto era titular da pasta da Educação, que foram divulgadas em seu perfil nas redes sociais no período de greve.


Entre outras iniciativas, o SindProfNH também entrou em contato com os vereadores informando a situação. 

segunda-feira, 1 de junho de 2015

NOTA DE REPÚDIO AO E-MAIL ENVIADO PELA SMED NA MANHÃ DE HOJE

O SindProfNH repudia a ordem de serviço enviada pela SMED nessa manhã.

O documento que determina que na próxima sexta-feira 05 de junho apenas os professores grevistas trabalhem é uma retaliação e um  atentado contra o trabalhador. 

A discriminação é clara, pois a SMED requer que as equipes diretivas enviem os nomes dos professores que terão de trabalhar.

A medida equivocada da SMED faz o movimento contrário ao acordado nesta manhã no judiciário, quando a JUSTIÇA DETERMINOU que nenhum tipo de retaliação deve acontecer contra os servidores que participaram do movimento de greve. 

Ela fere o acordo firmado nesta manhã, perante o juiz, entre o executivo e o SindProfNH de que haverá autonomia das escolas para a construção do calendário escolar no que se refere a reposição dos dias letivos. 

Procurado pela direção do SindProfNH, o representante do prefeito na Audiência de Conciliação, o Chefe de Gabinete, Gilmar Valadares disse desconhecer o e-mail que configura assédio. 

O Sindicato aguarda um posicionamento oficial do executivo.


Novo Hamburgo tem nova Secretária de Educação


Cristiane Souza Costa assume a pasta e mesas de negociação devem iniciar ainda nesta semana

Após a renúncia formal do Secretário de Educação de Novo Hamburgo, Beto Carabajal, a ex-diretora de Educação Cristiane Souza Costa assumiu a pasta na tarde desta segunda-feira (1º). De acordo com a presidente do SindProfNH, Andreza Formento,  com esta movimentação, espera-se que a nova gestão esteja mais aberta ao diálogo com a categoria. “Queremos que neste momento as denúncias recebidas no período da greve sejam apuradas, e, que os estudantes da Rede Municipal passem a ser prioridade”, destaca.

Durante os trinta dias de paralisações e protestos, a precarização dos espaços escolares também estiveram em pauta. Questões como escolas que não receberam suas demandas, apesar de aprovação no Orçamento Participativo, e, falta de professores nas séries finais, a exemplo da EMEF Bento Gonçalves, do bairro Lomba Grande, foram algumas das pautas que mantiveram os professores nas ruas.

“Nós estamos retornando às escolas com os mesmos problemas que tínhamos há um mês. Agora esperamos que a nova Secretária não feche os olhos para os problemas levantados durante a maior greve da história de Novo Hamburgo”, disse a presidente.

Com a posse de Cristiane Souza Costa, o executivo sinaliza uma resposta rápida ao que foi acordado na manhã desta segunda-feira no Tribunal de Justiça do Estado para a abertura da mesa de negociações, que deve de imediato discutir a autonomia das escolas na programação do calendário escolar para a reposição dos dias letivos no período da paralisação.

“Nossa greve foi considerada legal pela justiça e nenhum servidor sofrerá retaliações, como o corte de ponto, anunciado pelo prefeito Luis Lauermann, na semana passada. Esta medida também se estende aos profissionais que estão em estágio probatório. Esperamos que o diálogo transcorra tranquilamente, pois é de interesse da categoria que os alunos possam ter o seu direito a educação de qualidade”, conclui Formento.