domingo, 17 de maio de 2015

Greve dos Professores ganha força em Novo Hamburgo



Moção em favor do movimento foi assinada por 50 diretoras e diretores da rede municipal


Na última sexta-feira (15), os professores de Novo Hamburgo e os servidores municipais estiveram em nova Assembleia. Na ocasião o funcionalismo público definiu as novas ações que o comando de greve tomará na próxima semana.  Sem realizar suas atividades há 19 dias, os trabalhadores aguardam pela votação do projeto do dissídio na câmara de vereadores.


Na mesma Assembleia a divulgação de um novo fato garantiu a segurança dos professores que fazem parte do movimento. O Chefe do Gabinete do Prefeito, Gilmar Valadares recebeu uma comissão de diretoras que levaram ao seu conhecimento uma moção de apoio à greve. 


O documento com 50 assinaturas trazia a discussão do dissídio e apontava carências da educação, “falta de professores em diversas turmas no início do ano letivo, redução do atendimento em espaços pedagógicos, precariedade do espaço físico na maioria das escolas”, dizia o documento. 


Em outro ponto as equipes diretivas foram muito claras sobre o que pensam do movimento, “Entendemos como legítimas as revindicações da categoria e, mesmo mantendo as escolas abertas para atender as questões administrativas do Cargo para o qual fomos eleitas, não esquecemos a nossa formação inicial de professores. A luta dos professores por Educação Pública de Qualidade deve ser a luta de todos”. 


Esta é a primeira vez que as equipes diretivas se pronunciam oficialmente sobre a greve em Novo Hamburgo. 


Nesta semana os grevistas devem realizar mobilizações em diversos bairros do município. O primeiro deles é no bairro Canudos, maior colégio eleitoral hamburguense com 60 mil eleitores. O Ato Público acontecerá a partir das 9h da manhã na rua Bartolomeu de Gusmão. 


De acordo com a presidente do SindProfNH, Andreza Formento essas ações servirão para atrair a comunidade para próximo do movimento, “Sabemos que os pais apoiam os professores, mas decidimos por ações mais pontuais para que a Prefeitura perceba que não será com mentiras que a categoria vai se desmobilizar. Agora com o apoio das diretoras e diretores os professores estão mais encorajados e continuarão lutando”. 


Desde o dia a última quarta-feira (13) a prefeitura vinha divulgando que as aulas seriam retomadas normalmente nesta segunda-feira (18). “Quem decide o fim da greve é o trabalhador”, concluiu Formento.


Entre as reivindicações dos professores está a contratação de mais professores, pois de acordo com levantamento da categoria a rede precisa contratar pelo menos 100 docentes. A reabertura dos espaços de aprendizagem e de informática. O início das obras que foram contempladas pelo Orçamento Participativo e que há mais de um ano continuam no papel. O pagamento em uma única parcela do dissídio coletivo, razão pela qual os demais servidores também estão em greve e a exoneração do Secretário de Educação, Alberto Carabajal. 


Nesta semana os funcionários da saúde também devem paralisar suas atividades. Essa é a maior greve ocorrida em Novo Hamburgo nos últimos 20 anos. Nunca na história do município o magistério ficou tanto tempo fora das salas de aula. Cerca de 94% dos professores aderiram à greve.

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