terça-feira, 31 de março de 2015

Prefeito não comparece à Mesa Permanente de Negociações

SindProfNH e Grêmio dos Funcionários Municipais de Novo Hamburgo discutiram suas reivindicações com o Secretário da Fazenda Roque Werlang

            Na tarde de ontem, segunda-feira 30 de março, ocorreu a primeira reunião da Mesa Permanente de Negociações 2015 realizada no Centro Administrativo Leopoldo Petry.
Participaram da mesa membros do Grêmio dos Funcionários Municipais de Novo Hamburgo e o Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo (SindProfNH), representado pela Presidente  do SindProfNH, Andreza Formento, o  Presidente da Comissão de Mobilização da Campanha Salarial 2015, professor Gabriel Ferreira e a representante das professoras aposentadas Iara Winter.
            O Prefeito Luis Lauermann não compareceu ao encontro que deveria dar início às discussões da Campanha Salarial 2015, cuja data base é 5 de Abril. Representando o Prefeito estava o Secretário da Fazenda, Roque Werlang. O Secretário de Educação, Alberto Carabajal também participou da reunião.
            Os sindicatos expuseram suas pautas, mas a gestão agiu com cautela na recepção das propostas.  Sobre o zeramento da inflação, e aumento real do salário do magistério o argumento utilizado foi a crise econômica. “Devido à situação atual da economia brasileira, as finanças públicas estão comprometidas. Reconhecemos que já será um grande esforço zerar a inflação”, disse o Secretário da Fazenda.
            A resposta da prefeitura não foi bem recebida pelos professores, “Culpar o cenário atual da crise econômica  não é uma justificativa , nem ao menos razoável. A folha do magistério é paga com recursos do Fundeb, que no ano de 2014 teve reajuste de 15% e neste ano de 13%. Estamos lutando pelo aumento real dos salários” disse a presidente do SindProfNH.
            Outro ponto levantado na mesa de negociações foi 1/3 de hora atividade que hoje muitos trabalhadores não usufruem pela falta de professores nas escolas. “Estamos visitando todas as escolas e a situação é muito preocupante.

Espaços Pedagógicos estão sendo fechados, o que inegavelmente é um retrocesso na educação. Lutamos muito por esses espaços, dinheiro público foi investido em infra-estrutura e compra de materiais e nada está sendo utilizado” afirmou  Gabriel Ferreira,  Presidente da Comissão de Mobilização da Campanha Salarial 2015.             O fechamento desses espaços vem ocorrendo em função do reposicionamento de docentes. Para a SMED a prioridade é colocar professores em sala de aula. Apesar das denúncias recebidas pelo sindicato pela falta de professores em diversas escolas, o Secretário de Educação não reconhece a situação. “Ainda estamos analisando caso a caso” comentou Carabajal. 
            “Esse problema seria facilmente resolvido se os professores do concurso com validade até 2016 fossem chamados para ocupar as vagas em aberto. O que está ocorrendo em Novo Hamburgo é uma triste política de contenção de despesas, que diminui a qualidade no atendimento aos alunos e prejudica a qualidade de vida dos docentes, logo no governo do partido que deveria representar os trabalhadores”, concluiu Gabriel.
            Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira, 7 de abril na prefeitura. "Esperamos encontrar o senhor prefeito na mesa de negociações que agendamos. Apreciamos muito a Cia do Secretário da Fazenda, mas infelizmente ele não pode nos apresentar nenhum dado sobre educação para justificar suas negativas às nossas pautas. Debater com o chefe do executivo será mais eficiente para a categoria, afinal, a caneta está na mão de Lauermann e ele sim pode solucionar a crise educacional que se abete sobre a cidade de Novo Hamburgo”, finalizou Andreza Formento.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Dia 28 de março é dia de divulgar as demandas da Educação na pesquisa socioantropológica!

Colegas professoras e professores municipais, servidoras e servidores públicos, trabalhadoras e trabalhadores:
CONVIDAMOS TODAS E TODOS PARA COMPARTILHAREM AS DEMANDAS DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL NA PESQUISA SOCIOANTROPOLÓGICA- SÁBADO, DIA 28 DE MARÇO!
Coloque o adesivo. Leve o panfleto e converse com a comunidade!
Nossa caminhada
Assim como nos últimos anos, contamos os dias que antecedem a nossa data base. Nossa Campanha Salarial iniciou em dezembro de 2014. Em Janeiro encaminhamos o pedido de negociação com o executivo hamburguense. Motivados pelo silêncio administrativo, protocolamos novo pedido de reunião com o governo em fevereiro, para que pudéssemos iniciar as negociações da Campanha Salarial 2015. Sem respostas, entramos em contato com a Comissão de Educação da Câmara de Vereadores e fomos à tribuna solicitar a intervenção da vereadora e dos vereadores junto ao executivo.

Governo sério recebe o magistério!
A mesa de negociação,  embora inócua,  é necessária. No entanto,  queremos ser recebidos pelo chefe deste governo que se  diz dos trabalhadores.  É com este excelentíssimo senhor,  eleito pelos hambuguenses, que queremos negociar.
A educação de novo Hamburgo exige respostas. Queremos condições de trabalho, isso é direito de qualquer trabalhador!

Dia 28 de março estaremos nas casas das/dos hamburguenses
Amargo tem sido nosso início de ano: nunca antes tivemos tanta falta de professores. Temos salas de aula lotadas de crianças. Estudantes com dificuldades de aprendizagem sem professores para acompanhá-los e garantir o seu direito de aprender. Alunos com necessidades especiais sem apoio à inclusão.
 Não podemos compactuar com uma administração que “faz de conta” que está tudo bem. Nossas escolas carecem de investimento na estrutura física: banheiros sucateados, janelas quebradas, telhas rachadas, fiação elétrica que precisa urgentemente ser trocada.
Novo Hamburgo virou uma cidade de implantação de projetos do governo federal sem consulta popular à categoria ou a comunidade escolar! Nossas escolas de Educação Infantil estão sendo terceirizadas! Cresce o assédio moral contra as professoras e professores que questionam a administração!
As trabalhadoras e trabalhadores em educação visitarão as casas de sua comunidade escolar neste dia 28 de março. É com a proposta de humanizar e unir professoras e professores à comunidade escolar que estaremos em todos os bairros da cidade divulgando as demandas da Educação Municipal.


Queremos diálogo! Somos trabalhadoras e trabalhadores!
Dia 5 de abril está chegando e até agora nada! Quem defende a Educação valoriza as professoras e professores. Portanto, pedimos seu apoio nesta luta que é de todas e todos!

 Dia 28 de março é dia de defender sua escola, divulgando sua realidade e convidando a comunidade para se unir à nós na luta pela Educação Pública de Qualidade!


sábado, 21 de março de 2015

Dia 1°de abril Eu tô na luta pela Educação Pública de Qualidade

As mobilizações pelo país afora, que se intensificaram em 2013, iniciaram pelo aumento das passagens, rapidamente incorporando outras pautas, como a luta contra a corrupção, modelo econômico, denúncias sobre os gastos com a Copa do Mundo e pela reforma política, por exemplo. Vieram as greves do magistério, servidores da saúde, policiais, bombeiros, bancários, metalúrgicos, garis, entre outros, contra a retirada de direitos, perdas salariais e por melhores condições de trabalho. Nos últimos dias, os protestos tomaram o país, alguns contrários, outros favoráveis ao Governo, e outros contra estas duas posições, denunciando o governismo e oportunismo. Uma conclusão salta-nos os olhos: existe a necessidade de mudança do país!

 E para saber por qual caminho seguir, a educação é fundamental. Desta forma, ela é sempre colocada como uma das ferramentas de transformação da sociedade. Só que a educação, assim como a saúde e segurança públicas, são prioridades apenas nas campanhas eleitorais e discursos demagógicos de governos. Nas três esferas (federal, estadual e municipal) escutamos as mesmas desculpas: “não temos dinheiro”. Agora, os governos implementam os “pacotes de austeridade” que retiram direitos dos trabalhadores públicos e privados. No governo Dilma, através das Medidas Provisórias 664 e 665 de 2014, sem diálogo nenhum com a população, impõem-se sérias restrições aos direitos trabalhistas, limitando a concessão de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte e seguro-desemprego. No governo Sartori, teremos redução de 20% nas secretarias da educação, saúde, segurança e transportes, além de corte de programas estaduais e atraso e parcelamento de salários. No governo Lauermann, sempre falta verba para valorizar e investir na educação. O município de Novo Hamburgo cresce economicamente nos discursos para a imprensa, mas está sempre em recessão nas falas dos representantes da prefeitura nas mesas de negociação com os servidores (isto quando acontecem). E enquanto isso, os empresários e banqueiros, em todo o país, lucram como nunca e são contemplados com desonerações e benefícios fiscais.

 Frente a tudo isso, joga-se toda a responsabilidade com a educação sobre as professoras e professores. Mas eu e meus colegas temos condições para seremos os mediadores desta mudança se somos, simplesmente, jogados nas salas de aula, geralmente lotadas? Se temos que, muitas vezes, nos revezar entre duas, três escolas, às vezes em municípios diferentes? Como podemos fazer da educação uma ferramenta para mudar o país se não somos valorizados, se a nossa formação é desconsiderada?

 Os planos de carreira da rede municipal de Novo Hamburgo, em especial o mais recente, não consideram a formação do professor, vital para a construção de uma educação pública de qualidade. Professoras e professores com pós-graduação, mestrado e doutorado não tem esta titulação reconhecida e valorizada. Professoras e professores com formação superior continuam a receber o salário de ensino médio, mesmo já tendo concluído o estágio probatório e estar prevista em lei, de autoria do próprio governo, esta reclassificação. Professoras e professores ainda não têm 1/3 de hora-atividade, pois a prefeitura segue a descumprindo Lei do Piso.

 Retornamos para mais um ano letivo, encontrando setores fundamentais, como bibliotecas, laboratórios de informática, de aprendizagem e salas de recursos fechados, já que os profissionais para atendê-los foram deslocados para sala de aula. Ainda assim, muitos professores seguem faltando em sala de aula como nunca. Como a educação vai mudar o país se não temos o básico?

A prefeitura pouco chamou do último concurso, mesmo tendo toda esta defasagem de pessoal. O governo não aceita negociar a mudança do já citado plano de carreira, que aumenta a desvalorização, sendo responsável pelo município ter recordes de exonerações. Também a cada ano a prefeitura não propõe um reajuste salarial que vá além da inflação, assim como não repassa o reajuste do Piso Salarial, e não paga as nossas perdas salariais históricas. Para piorar (se é possível), até agora não fomos chamados para negociar nossa pauta, sendo que falta pouco para o dia 5 de abril, prazo em que a prefeitura deve encaminhar o projeto à câmara com a proposta salarial. Como vem se repetindo ano após ano, seguimos sem respostas.

 Sendo assim, exigimos o cumprimento da lei do piso, 1/3 de hora atividade, o reconhecimento imediato da formação das professoras e professores, seja superior, pós-graduação, mestrado e doutorado, a nomeação dos aprovados no último concurso, a reabertura de todos os setores fechados, e um reajuste de 13% além da inflação, para conter a desvalorização salarial que só aumenta a cada ano.

 Para isso, precisamos da abertura imediata das negociações. Se querem que a educação realmente mude o país, que nos dê condições para isto. As professoras e professores do município de Novo Hamburgo querem respeito e valorização de fato. A nossa luta exige respostas!

sábado, 14 de março de 2015

Vem pra rua, não obrigado

O SindProfNH é a favor da democracia e da liberdade de expressão. Como uma instituição formada por educadores, nos vemos na obrigação de esclarecer as razões que nos levam a não participar do  tão comentado acontecimento do próximo domingo 15 de março.

Setores partidários e tendenciosos, procuraram por nosso apoio.  A negativa imediata por parte da diretoria estabelece uma muralha entre os interesses escusos por trás das manifestações e nossa luta por condições de trabalho decentes, cumprimento das leis municipais e salário justo.

Completando uma década, o SindProfNH  assume sim o compromisso público com nosso funcionalismo e não acredita que aliar sua imagem de credibilidade à discursos de caráter “politiqueiro” possa mudar as condições dos trabalhadores  tão pouco os rumos que a educação toma em nosso país.

Enquanto educadores e formadores de opinião, nos posicionamos contrários a qualquer ato que atente contra a democracia. Precisamos lembrar que 54 milhões e meio de pessoas reelegeram o atual governo e que um novo pleito está previsto para 2017. Até lá precisamos cobrar de maneira inteligente, dentro dos limites da legalidade, os representantes que colocamos no poder em todas as instâncias, Federal, Estadual e Municipal.

Consideramos o governo indefensável, visto que em Novo Hamburgo perdemos direitos, como o plano de carreira em 2009, justamente na gestão do partido que deveria defender o trabalhador. No entanto, não pode haver exceções ao cumprimento da lei.

Neste mês iniciamos a Campanha Salarial 2015, queremos além do zeramento da inflação – o que temos direito previsto em lei – o  aumento real de 13% conforme reajuste do Fundeb.
Neste mês de março estaremos lutando pelo cumprimento do 1/3 de hora atividade, pelo pagamento dos salários atrasados dos professores que se enquadram no Artigo 50. No “vem pra rua” do dia 15 de março não estaremos entre os que manifestam insatisfação motivada por veículos de imprensa que instigam o ódio político, supervalorizando uma crise que não é exclusividade do Brasil, da mesma forma como não apoiamos o 13 de março protagonizado pelo próprio governo em sua defesa.

Respeitamos profundamente todos os manifestantes que desejam usufruir de sua liberdade de expressão, mas condenamos todos os que confundem essa liberdade de opinar com o uso do discurso de ódio.  Aos colegas que pretendem participar dos atos do próximo domingo, pedimos que  reservem energias para  nossas manifestações em favor dos nossos direitos enquanto servidores municipais.

Sobre o “vem pra rua ‘politiqueiro’”, preferimos dizer apenas: Não, obrigado.