terça-feira, 6 de maio de 2014

Perguntas que não querem calar

O Secretário de Educação, Alberto Carabajal, mais uma vez mostrou o respeito que tem pela comunidade, pelos trabalhadores, pelos professores e pelo legislativo. Havia sido convidado pelo vereador Raul Cassel (PMDB), para falar na Câmara de Vereadores sobre a gestão da educação na cidade. O convite havia sido feito há mais de 30 dias e a confirmação da presença havia sido dada uma semana antes. Pois 30 minutos antes da sessão desta segunda-feira, 5, o Secretário de Educação telefonou dizendo que tinha outro compromisso.
Até a tia do cafezinho ficou lá esperando.
Nós havíamos elaborado uma série de perguntas para uma avaliação mais objetiva da gestão, mas o Secretário de Educação cabulou no dia do questionário.
Ainda na segunda-feira, a Administração ingressou com projeto na Câmara de Vereadores estabelecendo a sua política salarial, que havia sido rejeitada tanto por professores quanto por servidores do quadro. A Administração simplesmente ignora a vontade dos trabalhadores.
Achamos que não tem mais recuperação, por isso a única solução é a luta e a mobilização de todos os professores e servidores públicos municipais.
Abaixo a lista de perguntas que havíamos reservado para o Secretário de Educação. Acrescente a sua própria questão.

1 - A Administração Municipal só fiscaliza as verbas públicas transferidas para as APEMEM’s. A Administração não fiscaliza as outras verbas recolhidas pelas APEMEM’s?

2 - Qual o valor do último repasse anual do PMGFE (Programa Municipal de Gestão Financeira nas Escolas)?

3 – Por que a Administração Municipal não constitui os Conselhos Escolares?

4 - Por que a Administração não está apurando todos os casos de irregularidades de gestão de recursos denunciados nas escolas?

5 - Verificamos que as compras das escolas estão direcionadas para algumas empresas. A Administração tem consciência deste fato e fiscaliza?

6 - Por que a Administração não tem respondido os pedidos de esclarecimentos feitos sobre a gestão financeira das escolas?

7 – Por que a Administração Municipal não aplica a lei que determina o 1/3 de hora atividade, mesmo não cabendo recurso e mesmo sabendo que o prefeito pode ser cassado por não cumprir a lei?

8 - O FUNDEB foi reajustado em 13%. Por que esse reajuste não é repassado para o magistério municipal?

9 - A comunidade e os trabalhadores de educação perderão o direito de eleger a equipe diretiva das escolas privatizadas?

10 - As escolas privatizadas receberão dinheiro público Federal do Fundo Dinheiro Direto para a Escola?

11 - As escolas privatizadas não deveriam ser proibidas de arrecadar recursos da comunidade, já que elas têm fins lucrativos?

12 - As escolas privatizadas não prestarão contas de sua contabilidade para a comunidade?

13 - As empresas que exploram as escolas públicas privatizadas estão sendo pagas com recursos do FUNDEB ou de outro fundo público?

14 - Quanto as empresas que controlam as escolas públicas privatizadas estão recebendo?

15 - De onde provem os recursos que pagam as empresas que terceirizam as escolas públicas?

16 – Por que a Administração Municipal não faz concurso público para os servidores de escola e prefere terceirizar, mesmo sabendo que estes trabalhadores ganham menos e têm menos direitos e isso custa mais caro que a contratação direta?

4 comentários:

Anônimo disse...

Se o secretário Beto não tem mais recuperação é porque já está REPROVADO! O problema é que a educação municipal é que está pagando a conta... FORA BETO!

Anônimo disse...

Não se fala de verbas nas escolas, muito menos na secretaria. Precisa-se investigar as irregularidades apontadas pois acredito que muitas escolas desviaram verbas para campanha eleitoral. Uma vergonha essa gestão. Esse secretário é de uma negligência total com os professores e com a comunidade. ACORDA Novo Hamburgo, está mais do que na hora de se pensar no futuro e colocar esse secretário na rua!!!

Anônimo disse...

O problema maior não é o secretário. É quem o permite atuar numa área tão importante quanto a educação. É lamentável que a educação esteja se resumindo a números, que vire um total assistencialismo precário, que as escolas continuem da forma que estão. Temos que buscar a mobilização, uma mobilização séria, que de fato, imponha e faça valer a democracia que até então, só valeu quando se trata de votos, de buscar vantagens. Infelizmente a comunidade não vivencia todos os dias a precariedade das escolas, dos programas que possuem qualidade, mas se forem bem conduzidos. Nossa cidade, referência em educação, hoje perde a qualidade, o reconhecimento. A realidade é muito distinta do que apresenta a secretaria de educação, temo pelo futuro da educação, que nesta administração é "liderada" por alguém que não respeita o poder legislativo, que simplesmente ignora convites, quando se trata de explicar fatos que nem sei ao certo se tem explicação.

Anônimo disse...

FORA BETO!
Esse movimento tem que criar raízes e crescer.
Falta a ele a devida qualificação para o cargo. Será que o administrativo não vê isso? Ou vai dar outro golpe em 2014 dizendo que se o tarso se reeleger ele vai para o estado como o fez nas últimas eleições para prefeito?
Alguém sabe no que deu as transferências arbitrárias do início do ano? Ficou por isso mesmo?