A mobilização do dia dezesseis de maio foi construída com
dois encaminhamentos em foco: um, com o objetivo de pressionar os vereadores da
base aliada para interceder junto ao executivo pela retirada do projeto de
reposição salarial e, outro, sensibilizar os vereadores da oposição para votar
pelo NÃO ao projeto em questão. Mobilização pela retomada da mesa de negociação com o
executivo, visando avançar no índice proposto para a recuperação real de perdas
salariais e ampliação das discussões da pauta de reivindicações.
Um quadro comparativo entre nossa pauta e a
contraproposta apresentada pela
administração foi entregue aos vereadores, tentando sensibilizá-los a apoiar a
luta justa da categoria. Nesse contato, os professores justificaram a rejeição
à proposta do executivo, no argumento que muito mais que índice salarial, a
pauta de negociação foi construída para qualificar a educação, com várias medidas
dependentes apenas de vontade política desta administração.
Nesse dia 16 de maio, a
data da segunda votação do projeto de reajuste salarial na Câmara,
presenciou-se um verdadeiro desrespeito na atitude dos vereadores da base
de governo. Durante vinte minutos
ausentaram-se da sessão, no aguardo do vereador Roger que viria
para somar o seu voto pela continuidade de uma política de desvalorização dos
servidores. Uma aprovação de projeto de reajuste que atende a obrigatoriedade
legal e não um avanço construído no diálogo. Nesse tumulto, o grupo de
professores presente na sessão demonstrou persistência, capacidade de luta,
indignação e muita dignidade!
Não podemos nos calar enquanto houver itens
desta pauta sem resposta, sem
negociação. Não podemos admitir que o nosso Instituto de
Previdência seja descapitalizado, pelas práticas de
“representantes” que atuam fiscalizados por um Conselho Deliberativo de representatividade parcial. A
representação dos professores nesse Conselho é uma reivindicação que não se
concretiza pela falta de vontade política do executivo, em propor projeto
de lei de paridade das entidades sindicais. Se dois sindicatos
representam os servidores municipais por que apenas um ocupa as cinco vagas?
Nada
de fato avança se não valorizarmos os profissionais que fazem a “máquina
administrativa” funcionar. Por fim gostaríamos de deixar algumas questões
para esta administração pensar:
Nós, trabalhadores e trabalhadoras da educação, onde nos encaixamos
enquanto foco da administração no compromisso com a classe trabalhadora? Que espaços
escolares democráticos são esses onde se percebe tantos assédios morais?
Sim, nós acreditamos nestas possibilidades e somos sim trabalhadores da
educação e exigimos mais respeito. Infelizmente não estamos vendo estas
práticas acontecer e nos preocupamos, pois parece que entramos numa nova
forma de ditadura.
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