terça-feira, 23 de abril de 2013

CARTA DE ESCLARECIMENTO ÀS DIREÇÕES DAS ESCOLAS MUNICIPAIS


Colegas das Direções das Escolas Municipais
Em assembleia realizada no dia 15/04 os professores e professoras avaliaram a primeira reunião realizada pelo executivo com o SINDPROF/NH.
Nesta primeira reunião a Comissão de Negociação, formada pela direção do Sindicato e professores e professoras escolhidos em assembleia, foi unanime  em afirmar que os secretários que representaram o executivo demonstraram total intransigência com a categoria e sua pauta.
Diante da intransigência do executivo em negociar com a categoria e de uma proposta clara do executivo que vise contemplar a pauta da categoria, professoras e professores presentes aprovaram a paralisação de 24 horas no dia 24/04 quarta-feira com o objetivo de denunciar para a comunidade hamburguense o descaso da administração com trabalhadoras e  trabalhadores em Educação.
Estamos vivendo um momento crucial para nós, trabalhadoras e trabalhadores da Educação de Novo Hamburgo e para nossa vida funcional. Nossa data base é o momento de pressionarmos a administração e exigir nossos direitos.
E é nesse momento crucial para a Educação da cidade que devemos nos perguntar seriamente mais uma vez: a direção da escola deve estar vinculada e comprometida com os interesses da prefeitura e de seus representantes: secretários e outros? Ou deve estar comprometida com os interesses da comunidade escolar?
É recorrente a fala de direções que são “cargos de confiança”, sendo este o motivo pelo qual “não participam dessas lutas”, pois se sentem comprometidas com a administração. É sempre bom lembrar que vocês foram eleitas pelo voto direto da comunidade escolar - professores, funcionários, alunos e pais, para o exercício da Gestão Democrática. E o primeiro compromisso de uma Gestão Democrática é com a comunidade a qual representa, por isso foram eleitas; para defender a escola pública de qualidade e os profissionais que nela atuam independente dos governos. Por isso, gostaríamos enquanto entidade que representa os (as) professores (as) municipais que não fiquem reféns do assédio moral da Administração. Portanto, é dever da direção preservar a autonomia escolar e não ceder às pressões da Prefeitura.
O respeito à decisão dos professores irem para as ruas reivindicar seus direitos é um exemplo do exercício da democracia e da cidadania que estaremos ensinando para nossos (as) alunos (as). Se quisermos formar cidadãos (ãs) críticos (as) e combativos (as) para mudar as situações de injustiças e desigualdades sociais, precisamos demonstrar com ações.
 É importante ressaltar que quando lutamos por melhores salários, condições de trabalho, pelo fim do assédio moral, pela valorização da formação das professoras/es , estamos em busca de condições adequadas para efetivar o nosso trabalho, tendo como principal objetivo a Educação, Pública, Gratuita e de Qualidade para todos.
  As professoras e professores realizaram a paralisação dia 24 de abril amparados pela Constituição Federal artigo 9º.
 Art. 9. É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
Assim como é assegurado o direito de greve sem prejuízo em sua avaliação aos profissionais que estejam em “Estágio Probatório”.
O sindicato informou oficialmente ao prefeito que realizarão paralisação no dia 24 de abril. Cabe as direções das escolas a obrigação de informar aos pais que  professores e professoras não estarão na escola no dia 24,  e que, portanto, os alunos (as) não devem comparecer à escola. Chamar alunos (as) para escola quando  professores  e professoras não estão presentes coloca em jogo a segurança deles.
Abril é o mês da nossa data base, mês que se acirram as discussões e reivindicações sobre melhores condições de trabalho e da valorização dos profissionais da Educação. O momento pede força, união, coragem e dignidade para enfrentar os desafios que nos são impostos por uma administração que desrespeita o funcionalismo e que não valoriza seus profissionais.
Então, não vamos aceitar o assédio que a Prefeitura realiza por meio da Secretaria de Educação?
Colocamos-nos à disposição para demais esclarecimentos.
Uma boa luta para todos!

Atenciosamente,                                                                Novo Hamburgo, 23 de abril de 2013
Presidenta do SINDPROF/NH

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