terça-feira, 12 de abril de 2011

PACTO PELA APRENDIZAGEM?

Na quinta-feira, pela manhã no Centro de Cultura, a secretaria de educação municipal lança um Pacto pela aprendizagem: Todos Temos o Direito de Aprender.

Neste mesmo dia a direção do SINDPROF/NH visitou a escola Eugênio Nelson Ritzel e encontra uma realidade que não condiz com uma cidade que há 4 horas atrás tinha lançado um Pacto pela aprendizagem.

É possível garantir a aprendizagem de todos com a falta de 12 professores em uma escola? Com alunos sem acesso a biblioteca por falta de professores ou bibliotecário?

 É possível atender de forma individualizada alunos com dificuldades de aprendizagem sem professores para atuar no laboratório de aprendizagem? Sem garantir à hora atividade para que os professores e professoras possam planejar suas aulas, corrigir provas e trabalhos?

Ninguém questiona o direito de todos aprenderem, no entanto, não é possível ficarmos assistindo lançamento de programas, peças de marketing, eventos, debates nos quais se legitimam práticas e discursos que na realidade não se concretizam, sendo que, para nossos alunos beneficiários hipotéticos dessas ações, restam apenas panfletos, cartilhas e slogans que resultam em palavras desconectadas ao final de cada ano.

O verdadeiro pacto a ser construído é garantir condições dignas de trabalho para os professores e professoras, pois assim todos poderão cumprir seu oficio que é ensinar.

A possibilidade de sucesso de “pactos” se dá quando os professores e professoras não são apenas executores destes programas, metas e outros, mas quando eles são chamados a serem parceiros na concepção de toda a proposta.

DIREÇÃO DO SINDPROF/NH

Um comentário:

Daniela Costa Menezes disse...

Fiquei muito indignada quando, em notícia de jornal, percebi que o tal pacto se baseia em projetos que foram jogados nas escolas para atender aos índices tão caros aos gestores.
Temos que ampliar o tempo dos alunos na escola sim, mas que os setores e projetos da escola estejam conectados, comprometidos com a aprendizagem dos alunos. Para tanto é preciso tempo para planejamento, para reorganização da nossa prática pedagógica cotidiana.
Sem uma reestruturação do nosso sistema de ensino, qualquer pacto será unilateral, beneficiando apenas aqueles que não dependem da rede de ensino de Novo Hamburgo para trilhar caminhos para o seu futuro.