sexta-feira, 30 de abril de 2010

PESQUISA MOSTRA QUE 445 MUNICÍPIOS DO PAÍS AINDA NÃO TÊM BIBLIOTECAS


Pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo Ministério da Cultura revela que em 445 cidades brasileiras ainda não há bibliotecas municipais. O índice representa 8% dos 5.565 municípios em todo o país. O Estado com o maior número de cidades sem esses espaços para leitura é o Maranhão, com 61 municípios.
O 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais foi realizado pela FGV (Fundação Getulio Vargas) e encomendado pelo ministério.
De acordo com o levantamento, em 79% das cidades há bibliotecas municipais em funcionamento. Em 12%, elas estão em processo de implantação e em 1%, em fase de reabertura. O estudo foi feito entre setembro e novembro do ano passado. Em 2007 e 2008, 660 cidades não tinham bibliotecas municipais.
O perfil dos estabelecimentos indica uma média de 296 empréstimos por mês e uma frequência média de usuários de 1,9 vez por semana. A área física é de 177 metros quadrados, em média, e a maioria das bibliotecas (99%) não abre durantes os finais de semana, só funciona de segunda à sexta, de manhã e de tarde.
Os dados mostram ainda que 91% dos locais não oferecem serviços a pessoas com deficiência visual. O índice das bibliotecas que não dispõem de serviços para portador de necessidades especiais chega a 94%. Além disso, 88% dos estabelecimentos não têm nenhum tipo de atividades de extensão, como oficinas e rodas de leitura em escolas.
Segundo a pesquisa, 64% das bibliotecas municipais do país têm computador, 39% têm televisão, 28% têm videocassete, 27% têm aparelho de DVD e 24% ainda usam máquina de datilografia. Entretanto, 25% delas não contam com nenhum desses equipamentos.
Apesar do número razoável de estabelecimentos com computadores, nem a metade (45%) tem acesso à internet. Desses, apenas 29% prestam esse tipo de serviço aos usuários.
Fonte: Agência Brasil

Um comentário:

Gera disse...

Isto só para se ter uma ideia de quanto a educação é valorizada em nosso país. A fala do Ministro da educação em relação a valorização do professor está em desacordo com as políticas administradas nos estados e nos municípios do Brasil. Não vamos longe, aqui em Novo Hamburgo,as nossas perdas salariais só aumentam e o nosso Plano de Carreira, considerado um dos melhores do Estado foi para as "cucuias". Nossos novos colegas, tão professores quanto nós, já entram desvalorizados, pois por mais que o prefeito diga que este "novo Plano" será melhor do que muitos que estão por aí, ainda assim estará nivelando por baixo. E o que é pior, o tão debatido e criticado discurso da meritocracia, defendido pela "direita" e execrado pela "esquerda", talvez, encontre acolhida nesta atual administração.