segunda-feira, 12 de abril de 2010

NEGOCIAÇÃO SALARIAL 2010

Dizer que houve “negociação salarial” é uma ironia. Os fatos nos levam a uma reflexão fundamental sobre a administração atual. Sem querer ser repetitivo, mas sendo, o diálogo não parece ser uma característica deste governo. Puxem pela memória, e não será difícil visualizar diversas situações nas quais ficaram evidentes a falta de habilidade do executivo para tratar de questões do magistério municipal ( qualquer semelhança com o governo Yeda é mera coincidência?). Assim como no Estado, aqui também as discussões e diálogos sobre políticas salariais para o funcionalismo não têm sido discutidas com quem de direito deveriam. A “negociação “ deste ano deixou isto muito transparente...
Desde o início de março, o Sindicato tentou reunir-se com o governo para discutir a pauta de reivindicações, mas somente no final do mês, o governo manifestou-se, apresentando uma proposta nos seguintes termos: reajuste da inflação acumulada do período e o reajuste do auxilio alimentação para R$135,00 para professores que cumprem jornada de 40hs semanais. É bom destacar que o governo apenas tratou da questão salarial, ignorando ou remetendo os outros importantes pontos da nossa pauta para a mesa de negociação. Mesa essa que já foi aprovada na negociação de 2009 e não estabelecida pelo executivo.
O governo insistiu em ir para a negociação com uma fala de crise, de queda de arrecadação, mesmo quando o município apresentou um aumento de receita superior à inflação do período.
Assim como no ano passado, a maioria dos vereadores preferiu “conversar”, com o prefeito, estabelecer “negociações” sobre a vida funcional dos professores, sem dialogar com a entidade que representa a maior categoria do serviço público municipal, o que no mínimo é um desrespeito com esta entidade.

É legitimo que o legislativo busque a valorização do servidor público, mas isso não significa “negociações” sempre realizadas no atropelo, aprovações de projetos em regime de urgência, sem dialogar com as partes envolvidas.
São estas as situações que demonstram quão grande está o distanciamento entre os discursos e a prática desta administração.

A direção do SINDPROF/NH não desiste, e continua na busca deste diálogo, pois entende que não há como a administração se furtar de dialogar com a entidade representativa da maior categoria dos servidores, sendo pelo contrário, obrigação do executivo discutir política salarial para o funcionalismo.
O diálogo, a democracia, o respeito não sejam só palavras de ordem deste governo, mas que se transformem em ações efetivas.

Nenhum comentário: